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Piracicaba investe em Plano de Arborização para valorizar o cenário urbano e garantir melhor qualidade de vida à população

IMG_9044Para consolidar ainda mais o título de segunda melhor cidade do Brasil em termos de gestão pública, concedido por consultoria especializada, o prefeito de Piracicaba, Dr.  Barjas Negri recomendou ao Secretário de Defesa do Meio Ambiente, o Prof. Dr. José Octávio Machado Menten, a elaboração de um Plano de Arborização Urbana, com o objetivo de otimizar e modernizar as atividades de planejamento, gestão e expansão do patrimônio arbóreo do município.

Segundo o Prof. Menten, “a arborização pode ser considerada o mais elevado grau de valorização do espaço urbano, depois de implantados os serviços essenciais para a população. Sua importância é bastante reconhecida, devido a seus múltiplos benefícios, como a redução da poeira e das ilhas de calor, além de oferecer sombra, valorizar a paisagem e, principalmente, de proporcionar sensação de bem-estar às pessoas”.

O Plano Municipal de Arborização Urbana será elaborado pela empresa Propark Paisagismo e Ambiente Ltda., vencedora do processo de licitação, e contratada para executar o trabalho no prazo de cinco meses. Com quase 50 anos de atuação ininterrupta, a Propark detém uma longa lista de serviços prestados à municipalidade, com a elaboração de diversos estudos e execução de obras, no âmbito do paisagismo, conservação ambiental e arborização. Foi responsável, inclusive, pelo desenvolvimento do Plano Diretor do Parque Natural Municipal de Santa Terezinha – o Parque da Cidade – que recebeu o plantio de mais de 40.000 árvores, por ocasião de sua instalação, em 2007.

O Plano determinará as espécies arbóreas mais adequadas para cultivo na cidade, de acordo com as condições edafoclimáticas do local e estabelecerá as normas agronômicas para o seu perfeito desenvolvimento. Trata-se de plantar a “árvore certa no lugar certo”. 

Dessa forma, eventuais problemas com árvores tendem a diminuir com o tempo, possibilitando que a prefeitura possa atender às demandas e expectativas da população de forma mais rápida e eficiente. Programas complementares, como a otimização do viveiro municipal, o processamento e o emprego de resíduos de poda, serão também contemplados no documento, que deve estimular a ampla participação da comunidade piracicabana na manutenção do patrimônio arbóreo.

Segundo o sócio e fundador da Propark, o Prof. Dr. José Flávio Machado Leão, o primeiro passo é efetuar um diagnóstico detalhado da situação da cidade em relação à arborização, para que se possa recomendar as ações mais adequadas para a manutenção do patrimônio existente. Pode-se também determinar as áreas destinadas ao plantio de novas mudas, para aumentar os benefícios e serviços prestados pelas árvores principalmente nas zonas mais carentes.  

No trabalho de planejamento, será também verificada a ocorrência de pragas e doenças que podem prejudicar as árvores, levando-as à queda, com riscos de acidentes, e verificar o seu convívio integrado com os equipamentos urbanos, possibilitando, inclusive, a perfeita mobilidade de pedestres, entre muitos outros aspectos. 

Em face do crescimento de Piracicaba, ocorrido nos últimos anos, o manejo do patrimônio arbóreo exigirá a modernização do seu sistema de gestão. Isto implica na utilização de tecnologias avançadas como o sensoriamento remoto, com imagens de satélites de alta resolução, para auxiliar na elaboração de inventário da vegetação arbórea existente na malha urbana do município e o emprego de softwares na sua gestão”, explica o Prof. Dr. Marcelo Machado Leão, Ph.D., também diretor da Propark. 

A partir daí, será possível elaborar mapas temáticos da cobertura arbórea da cidade, identificando o número estimado de árvores existentes nas ruas, avenidas e rotatórias, e efetuando-se a determinação e a classificação das árvores no espaço urbano (sistema viário, parques, praças, equipamentos urbanos, áreas particulares e áreas legalmente protegidas). Após a análise por sensoriamento remoto, serão realizadas avaliações de campo, apoiadas em delineamentos estatísticos. 

 Dessa forma, pode-se determinar as espécies predominantes no espaço urbano. Caso existam problemas, como, por exemplo, presença de plantas exóticas invasoras, baixa diversidade de espécies, conflitos com as redes aéreas, principalmente de energia elétrica, ou, ainda, a ocorrência de práticas inadequadas de manejo, essas situações poderão ser corrigidas ou minimizadas.

Outra contribuição do Plano de Arborização a ser desenvolvido, segundo o Eng. Agrônomo Carlos César Ambrosano, da Sedema, será de apresentar as bases para atualizar a legislação municipal sobre o assunto, trazendo maior segurança jurídica e desburocratizando os trabalhos de manejo, de forma a aumentar a sua eficiência.  

Para o prefeito Barjas, “a implementação desse Plano representa um passo importante na modernização do sistema de gerenciamento da arborização realizado pela Prefeitura, pois deverá também contemplar o uso futuro de sistemas informatizados no manejo das árvores urbanas, confirmando a tradição da cidade como polo de inovação tecnológica do país.”

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