Diretor da Propark recebe prêmio por trabalho de identificação de árvores com o uso de dispositivos de radiofrequência

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Diretor da Propark recebe prêmio por trabalho de identificação de árvores com o uso de dispositivos de radiofrequência

O desenvolvimento e aplicação de um dispositivo que auxilia na identificação do rico patrimônio arbóreo de São Paulo, facilitando as operações de monitoramento de riscos e manejo das árvores urbanas foi uma das iniciativas que recebeu o Prêmio Dorothy Stang de Humanidade, Tecnologia e Natureza – 2019, concedido a cada biênio pela Câmara Municipal de São Paulo.

Criada em 2006, a premiação homenageia a missionária Dorothy Stang, reconhecida internacionalmente por sua dedicação em defesa da Floresta Amazônica, de uma reforma agrária justa e contra conflitos latifundiários, o que motivou o seu assassinato em 12 de fevereiro de 2005.

Neste ano, o homenageado na categoria “Tecnologia ambientalmente positiva” é o Prof. Dr. Marcelo Machado Leão, Ph.D., diretor da empresa Propark Paisagismo e Ambiente Ltda. e pesquisador ligado à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP, Piracicaba). 

Desde 2015, o Prof. Marcelo coordena uma equipe que estuda a aplicação de recursos da Tecnologia da Informação para a avaliação de riscos de árvores urbanas, por meio de projeto apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A identificação e o cadastramento de árvores urbanas com o uso de microchips de radiofrequência – RFID – é uma das etapas desse projeto mais amplo, cujo resultado será o desenvolvimento de um sistema informatizado (software), que permitirá avaliar os exemplares arbóreos existentes nas cidades. 

Esse trabalho, atualmente em fase final, visa a prevenção de acidentes com queda de árvores ou de suas partes, que possam ferir pessoas, causar danos às propriedades, interromper o fornecimento de serviços públicos e bloquear as vias públicas.

O experimento com os microchips, que recebeu a premiação da Câmara Municipal de São Paulo, desenvolve-se atualmente em parceria com os técnicos da Prefeitura de São Paulo, no Parque Trianon, e no viveiro de mudas Manequinho Lopes, no Parque Ibirapuera, ambos situados na Capital. 

Nesses locais, algumas árvores, de espécies normalmente utilizadas em arborização urbana, receberam a aplicação de microchips, com o objetivo de verificar a sua funcionalidade e eficiência na identificação de indivíduos arbóreos. “Seria como cada árvore recebesse uma espécie de R.G., ou seja, um dispositivo que permite a sua identificação e localização na malha urbana pelo gestor público, para facilitar as atividades de monitoramento da sua sanidade e das operações para o seu adequado manejo”, explica Prof. Marcelo.

Segundo ele, em face da grande expansão urbana, os problemas com árvores nas cidades cresceram exponencialmente, agravados pelo fato de que inúmeras delas já estão em estado de senescência e, muitas vezes, não têm recebido os cuidados necessários pelas prefeituras, responsáveis pelo seu gerenciamento. Por isso, todas as ferramentas que possam facilitar a vida dos técnicos encarregados do seu manejo, são muito bem-vindas.

A entrega do Prêmio ao Prof. Marcelo e aos outros dois homenageados, na forma de salva de prata, realizou-se no dia 7 de junho último, em sessão solene no Palácio Anchieta, em São Paulo, presidida pelo Vereador Aurélio Nomura. A indicação dos agraciados foi realizada por uma comissão julgadora, especialmente criada para esta finalidade, composta por pessoas de notório saber ambiental.Leitura da Identificação de árvore com microchip

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